| Taxa Referêncial | Valor |
|---|---|
| Taxa Referêncial Hoje | 0,0085 % |
| Taxa Referêncial Junho 2023 |
0,1799 % |
| Taxa Referêncial 2023 |
0,5029 % |
A taxa referencial, também conhecida por sua sigla TR, é uma taxa de juros de referência, como seu próprio nome sugere. Ela indica a situação geral da economia brasileira.
Exatamente por isso, sua aplicação é das mais variadas, desde o cálculo no rendimento de aplicações financeiras como a poupança até implicâncias diretas nos títulos públicos.
A taxa referencial tem interferência em vários ativos, como no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), nos Títulos do Tesouro Direto, nos financiamentos imobiliários e até mesmo na caderneta de poupança.
A TR foi criada na década de 90, como uma forma de diminuir a indexação e combater a superinflação. O Plano Collor II, à época no governo de Fernando Collor de Mello, tinha um plano de medidas com objetivo de salvar a economia naquele momento.
meio dos hábitos de consumo, determina-se a relevância dada a cada grupo. Desse modo, aplicam-se os pesos à variação de preço de cada um. Na atualidade, os produtos industriais oriundos de indústrias de transformação têm o maior peso, exatamente por estarem em maior número.Para entender exatamente o que a taxa referencial, saber mais sobre como ela é calculada é imprescindível.
O seu cálculo fica sob responsabilidade do Banco Central do Brasil. O órgão se baseia nas taxas de juros da LTN, as Letras do Tesouro Nacional.
Para isso, utiliza-se a seguinte fórmula:
R = a+b x TBF
Nesse caso, R é o redutor, A é um valor fixo definido na formação da taxa, B é um valor que varia e é divulgado pelo BACEN, e TBF é a Tarifa Básica Financeira.
Após achar o valor do redutor, é preciso proceder a uma segunda fórmula para, assim, encontrar o valor da taxa referencial:
TR = 100 x [ ((1 + TBF)/R) - 1]
Nos casos em que a TR dá um resultado abaixo de zero, esse índice é conservado como zerado mesmo. A TR estava no zero desde 2017. No início do ano de 2022, a taxa subiu e passou a ter atualizações diárias pelo Banco Central.
A taxa referencial tem um impacto grande no mundo dos traders e investidores. Já falamos sobre a caderneta de poupança, por exemplo. A TR tem alguns outros impactos em investimentos em geral.
A poupança é uma das aplicações mais alteradas pelo indicador. Em 2012, vale recordar, o governo mudou a forma de cálculo no rendimento das cadernetas de poupança.
Desde então, se a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento das cadernetas é de 0,5% ao mês, somado ao valor da taxa referencial.
Para o caso da taxa Selic estar abaixo ou igual a 8,5%, a taxa de rendimento da poupança é de 70% da Selic, mais o valor da TR.
O FGTS também tem a sua rentabilidade modificada a depender da TR. Esse Fundo é calculado em 3,0% ao ano, mais a taxa referencial.
As aplicações oferecidas pelos bancos, chamadas de títulos de capitalização, são os ativos que mais sofrem implicância da TR, visto que eles rendem na proporção da taxa referencial.
Os financiamentos imobiliários, por sua vez, não sofrem impactos pela TR em sua totalidade. A taxa se aplica apenas a imóveis que são parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), da Caixa Econômica Federal.
Na situação específica, esses valores vão sofrer a incidência de juros a serem definidos pela Caixa, juntamente da TR.
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