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A libra esterlina é a moeda oficial de todo o Reino Unido e é considerada uma das mais antigas em circulação no mundo. Sua origem do nome em inglês vem da construção latina “libra pondo”, que representa medida de peso. A palavra “libra” deixou de ser usada por lá há muito tempo, mas ainda é como a conhecemos por aqui, no Brasil. De qualquer forma, ela se enraizou ao símbolo da moeda, que nada mais é do que um “L” ornamentado: £.
Não foi à toa que o nome teve relação com medida de peso. Ela era equivalente ao preço da prata. As primeiras moedas foram cunhadas na Inglaterra no século 8, pelo rei anglo-saxão Offa, que tinha seu nome gravado nelas. Já a palavra “esterlina” surgiu bem mais tarde, após a Conquista da Normandia, em 1075. Dizem que pode ser uma derivação de “esterlin”, significado de “pequena estrela” na Normandia, ou “lesterling”, que seria dinheiro no árabe.
A moeda era tão valorizada, que os centavos valiam muito. Tanto que cada pound era dividido em 20 xelins e cada xelim em 20 pence (centavos). A primeira moeda da unidade de pound apareceu só em 1489, com o rei Henrique VII, e era chamada sovereign. Já as primeiras notas começaram a circular depois da criação do Banco da Inglaterra, o banco central do país, e eram escritas à mão. Mais tarde vieram as moedas de ouro e de cobre.
Ao longo dos anos, o valor real da libra esterlina foi mudando. Por ser muito antiga, a libra registrou grande inflação ao longo dos séculos. Um estudo feito pela Câmara dos Comuns, na Inglaterra, indicou que entre os anos de 1750 e 1998, os preços aumentaram 118 vezes.
O pound é a unidade básica da moeda, como é o R$ 1 no Brasil e US$ 1 nos Estados Unidos. £1 pound são 100 pennies, que é o plural de pence (centavo). Quando perguntar pelo preço de um produto na loja, não estranhe se te responderem “It costs 5 quid”, “Custa 5 pounds”, como é um dos apelidos para a moeda.
£ 1.00 = 1 pound (ou quid)
£ 0.10 = 10 pennies (centavos)
£ 0.01 = 1 pence (centavo)
Apesar da massa de turistas que visitam a cidade inglesa o ano inteiro, nem todas as lojas aceitam moedas estrangeiras. Afinal, por regra só podem aceitar a libra esterlina. Então, mesmo que você esteja com a carteira cheia de euros depois de uma viagem pelo bloco europeu, calma que eles têm o seu valor. Se não quiser trocar antes nos caixas eletrônicos, no banco ou em alguma casa de câmbio, é melhor saber onde o dinheiro de fora é aceito.
É o caso de algumas das maiores lojas de departamentos do Reino Unido. Na Selfridges e Harrods você pode pagar com libra, dólar americano ou da União Europeia. A Selfridge também aceita dólar canadense, franco suíço e iene japonês. Já a Marks and Spencer, e outras populares no setor, não operam com moeda estrangeira no caixa, mas, como alívio à clientela, têm seus próprios “bureaux de change”, suas casas de câmbio.
Para compras com cartão de crédito, veja com o seu banco, ou a administradora do seu cartão, quais as tarifas para o uso internacional e as taxas de conversão. Se estiver usando um cartão de débito, você pode sacar nos caixas eletrônicos (ATMs). A conversão para a moeda do país em que está é feita na hora. Fique de olho nas taxas cobradas pelo seu banco para este tipo de operação. Por exemplo, para cartão pré-pago, você pode fazer quantas retiradas quiser, mas a cada vez tem que pagar uma taxa. Chega uma hora em que é mais fácil fazer as contas e sacar um volume maior de uma vez. Conheça e compare centenas cartões de crédito.
Na Geórgia do Sul e Ilhas Sandwich do Sul, Tristão da Cunha e nos países que integram o Reino Unido (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales). Em Gibraltar e Santa Helena e Ascensão, ela é oficial, assim como a libra de cada país. Nas Ilhas Falkland, Guernsey e Ilha de Man, usa-se a libra local. Em todos os territórios, a moeda é equiparada à esterlina em 1:1.
Se a Inglaterra foi sua primeira parada e você planeja seguir para a Europa e Ásia, pense bem antes de converter as sobras na moeda local de cada país que visitar. Muitas conversões são taxas sobre taxas e você pode acabar perdendo mais do que se guardasse tudo. Troque o mínimo que achar necessário para pequenas despesas e dê preferência para as moedas. O que sobrar, guarde e troque tudo de uma vez por reais no Brasil.
Quem já visitou Oriente Médio, parte do Leste Europeu e África, já deve ter encontrado gente na rua tentando vender dinheiro local em troca da moeda da comunidade europeia ou dos Estados Unidos. Na Inglaterra isso não é comum e, mesmo que fosse, em qualquer lugar do mundo é o mesmo que negociar no mercado negro. A questão é que, em muitos lugares, essas pessoas estão repassando dinheiro falsificado ou te distraindo para a ação de batedores de carteira. Fique atento!
Notas e moedas novas são desenvolvidas para dificultar a falsificação e repor as que estão há muito tempo em circulação. Para se ter ideia, uma em cada 30 moedas de pound é falsa. Em março de 2017, a moeda de 1 pound ganha uma nova versão. Terá 12 lados e duas tonalidades. Se você vai para a Inglaterra, procure usar suas moedas. Ela ficará em circulação por mais seis meses depois do lançamento da nova versão.
As notas também serão substituídas por cédulas com polímero. É um tipo de plástico que reveste o papel, o que faz com que a nota se desgaste menos com o manuseio. Nos próximos anos, os personagens que estampam as notas mais usadas serão substituídos. No segundo semestre deste ano, o ex-primeiro ministro Winston Churchill estará nas cédulas de £5. Em 2017, a escritora Jane Austen estampará as de £10. Já as de £20 serão lançadas em 2020, com o artista e pintor J.M.William Turner.
Uma das séries da nota de £50 está sendo recolhida pelo Bank of England. É a nota com o retrato de John Houblon, e tem como referência a série E. Ainda há muitas delas em circulação, apesar de não ser muito manuseada no comércio. Se você tiver uma e ter dificuldade de usar no comércio, ela pode ser trocada pessoalmente no banco ou por correio. Já a nota de £50 com Matthew Boulton e James Watt, que entrou em circulação em 2011, podem ser usadas normalmente.
O Bank of Scotland (não é o Royal Bank of Scotland), o Bank of England e outros bancos na Irlanda do Norte emitem notas de libra esterlina. A questão é que, dependendo de qual banco as notas são, podem ter diferença de detalhes na impressão. Elas são válidas em todo o Reino Unido, mas alguns vendedores, funcionários e comerciantes na Inglaterra não reconhecem a versão escocesa nem a da Irlanda do Norte. Se estiver de passagem por esses países, gaste suas moedas antes ou troque pela versão inglesa em um banco.